O filme “A Invenção de Hugo Cabret“, disponível na Netflix, nos mostra a verdadeira magia que existe no mundo de uma forma maravilhosa. Aquela magia intrínseca que está dentro de todos nós, que não necessita de pós mágicos ou varinha de condão, nem de grandes efeitos especiais.
Por que? Bem, porque tudo isso já existe em nossa própria imaginação!
O filme de Hugo tem um clima bem parisiense, quase como um poema na forma de imagens. Já inicia com uma alusão de que as cidades são como grandes relógios, e isso virá à tona em algum momento mais para frente no filme. Você vai ver que legal.
Quando surge Isabelle, ela nos mostra em poucas palavras como precisamos de pouca coisa para viajar num mundo fantástico: apenas um lugar confortável e um bom livro.
E, falando nisso, este filme foi baseado no livro homônimo do autor Brian Selznick.
A Invenção de Hugo Cabret é inspirado em alguns fatos reais. Uma realidade aqui é reunida com outra ali e por fim surge esta bela obra.
A maior referência para esta história foi o ilusionista e cineasta francês Georges Méliès. Imagino que muitos já devem ter visto em algum lugar a cena de um filme muito antigo de uma nave atingindo o olho da lua. A princípio pode-se pensar “nossa, que efeitos horríveis“, mas dizer isso seria uma grande injustiça, já que o filme foi criado há 114 anos atrás (1902). George Méliès foi o primeiro a criar tais efeitos, graças a sua brilhante ideia de cortar os filmes nos momentos certos (na tesoura mesmo!).
Caso tenha interesse em ver o filme “Viagem à Lua”, de 1902, acesse este link.
Esta habilidade e talento, juntos com pirotecnia, fizeram possíveis que a fantasia dos livros e dos teatros pudessem ser gravadas em películas e armazenadas para as gerações posteriores. Note como Georges Méliès tenta trazer ao público o que há de mais puro na fantasia, regando a imaginação de todos com coisas fantásticas que antes eram possíveis somente na imaginação. Podemos encarar os filmes de Méliès como um teatro de nível elevado, já que num palco muitas daquelas coisas não são de fato possíveis (por necessitarem cortes de filmes).
No filme “A Invenção de Hugo Cabret” parte da história de Georges Méliès é resgatada e contada para nós.
O autômato foi originalmente inventado por um relojoeiro suíço, Henri Maillardet (você sabe, os suíços são experts nestas coisas). E isso aconteceu há mais de 200 anos. O autômato original ainda existe (e funciona!), e é atualmente exibido para o público no Instituto Franklin.
Caso queira compreender melhor a história do autômato e de como Brian Selznick (autor do livro “A Invenção de Hugo Cabret”) foi importante para sua restauração, recomendamos a matéria do site Terra.
Veja agora o trailer de “A Invenção de Hugo Cabret”:
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