Back Street Girls: Gokudolls é o tipo de produção que atrai pelo nome. Mas não se engane: esse anime preza pelo nonsense e pode desagradar bastante as pessoas que têm mais sensibilidade a temas espinhosos como, por exemplo, a questão da mudança de sexo sendo vista com um viés de comédia (assista aqui).
Há valores que batem de frente com o politicamente correto, e quem não se importa com este tipo de piada vai adorar a primeira temporada.
São duas coisas completamente diferentes, não? Pois é. Somente aqui elas fazem sentido quando juntas, e isso pode ser bastante engraçado para quem tem o gosto para esse tipo de humor.
Indice
Tudo começa quando três membros da Yakuza não conseguem cumprir uma missão para seu chefe. Para compensar o erro, ele oferece algumas formas de autoimolação, e também formas de cobrir o prejuízo que eles causaram ao não completar a missão dada. E não é pouca coisa: uma das opções, por exemplo, seria os três venderem os órgãos de seus corpos para entregar o dinheiro ao chefão, entre outras coisas ainda mais barra-pesadas. Como eles não querem perder a vida, aceitam a única forma dada pelo chefe de continuarem vivos: viajar para a Tailândia, país conhecido por suas cirurgias de redesignação sexual, para mudarem de sexo.
A partir daí, o roteiro de Back Street Girls: Gokudolls foca na dificuldade desses três homens ao se tornarem mulheres – e mais: também fala sobre a rotina extenuante de ensaios, dança, música e encontros com fãs a que essas girl bands são submetidas. Portanto, há aqui uma espécie de crítica dupla a respeito das situações que as garotas são submetidas ao entrarem para esse mundo de fama quase instantânea, e também sobre como a visão dos homens a respeito das mulheres é bem diferente daquilo que imaginam.
Ao estarem na pele de garotas, eles vêem todo o machismo e a misoginia que as cercam.
Back Street Girls: Gokudolls é a adaptação de um mangá seinen (voltado ao público masculino adulto) bastante conhecido na Ásia, que já possui seis volumes. O anime, que agora estreia na Netflix, deixa possibilidade para mais temporadas que certamente virão para dar continuidade a essa história no mínimo bizarra.
É uma adaptação interessante e muito bem feita, mas que, como dissemos, pode ser um tanto quanto sensível à pessoas que levam a questão da redesignação sexual a sério. E é compreensível. Entretanto, como obra acabada, Back Street Girls: Gokudolls é um anime muito divertido, e tem seus momentos brilhantes ao fazer ver aos homens como o mundo feminino é muito mais problemático do que eles imaginam.
Eles sempre falam sobre um “manual para entender as mulheres”, então quem sabe se colocar na pele delas não ajude um pouco? 😉
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Sinopse 1: É pouco provável que se tornem a nova sensação do pop japonês. Além disso, não são o que parecem. Literalmente!
Sinopse 2: Após fracassarem em uma missão importante, 3 integrantes da Yakuza são obrigados a modificar seus corpos para entrar no cenário musical como um grupo feminino de J-Pop.
Ano de lançamento: 2018;