Break O Poder da Dança é um filme francês que estreou na Netflix neste mês de dezembro, mas que já é bem conhecido do público daquele país: a estreia oficial nos cinemas de lá aconteceu no ano passado (assista aqui).
No entanto, a gigante do streaming comprou os direitos de distribuição mundial da produção, garantindo que nós, brasileiros, possamos assisti-lo nesse período de pandemia do novo coronavírus.
Todos aqueles que gostam de filmes que envolvam música e dança em um contexto dramático/romântico vão adorar o longa Break O Poder da Dança. Segue na mesma tradição de filmes que a própria Netflix tem lançado nos últimos anos, e que todos bebem da fonte de filmes oitentistas como “Dirty Dancing – Ritmo Quente”, “Flashdance” ou “Footloose”. Como diversão, é um longa-metragem bem interessante, mesmo que não seja muito profundo em sua narrativa.
Um outro filme neste mesmo estilo de competição de dança com plot romântico é Batalhas.
Indice
O filme Break O Poder da Dança acompanha a trajetória de Lucie (Sabrina Ouazani), uma jovem estudante que sonha em ser uma dançarina profissional. No entanto, ao sofrer um grave acidente, ela passa a duvidar que conseguirá atingir seu objetivo. Ao mesmo tempo, ela – que leva uma vida confortável em um bairro nobre –, vai para o subúrbio à procura de seu pai, que ela nunca conheceu.
Nessa procura, ela conhece Vincent (Kevin Mischel), que tem um passado na dança, mas que deixou sua paixão de lado com o passar do tempo. Incentivado por um amigo, ele aceita treinar Lucie. Juntos, eles começam a construir um caminho, tanto profissional quanto pessoalmente.
Paralelamente, ele descobre com ela um novo estilo de dança, e se aproximam cada vez mais. No entanto, a vida não é fácil e eles terão de enfrentar vários obstáculos.
Como se nota, o filme Break O Poder da Dança Netflix não traz nenhuma inovação ao gênero. O plot de redenção aos dois personagens principais, que buscam a realização de seus sonhos pessoais e validação da sociedade para seus objetivos já foi visto em todos os filmes que já citamos anteriormente neste texto. No entanto, para uma história como essa não é necessário qualquer tipo de inovação estética: o poder da dança pode ser visto em cada frame.
Para muitos, pode parecer genérico – e de fato, é. Por outro lado, o filme Break O Poder da Dança parece ser uma produção que prega para convertidos. Os fãs do gênero vão adorar a história de superação de Lucie e Vincent, cada um em busca de sua própria felicidade, a seu modo.
O diretor Marc Fouchard se inspira nos clássicos que vieram antes de seu próprio filme, e não erra nesse sentido: as cenas são bem coreografadas e o romance é bem convincente. Por outro lado, o roteiro assinado por François-Régis Jeanne, Philippe Safir, Sarah Kaminsky, Marc Lahore, François Legrand e o próprio Fouchard escorrega em alguns diálogos expositivos demais.
Só que o longa-metragem francês Break O Poder da Dança não precisa tentar inventar a roda. Ele se estabelece no carisma de Sabrina Ouazani e Kevin Mischel, que formam o casal principal. A química é muito boa entre eles e é muito fácil se apegar a história que cada um deles, separada ou conjuntamente, quer nos passar enquanto espectadores.
Por isso, mesmo com alguns escorregões narrativos e uma dependência quase excessiva dos clássicos, é um longa-metragem que vale a pena ser visto.
Título Original: Break;
Lançamento Netflix: dezembro de 2020;
Direção e roteiro: Marc Fouchard, François Legrand, François-Régis Jeanne, Philippe Safir, Sarah Kaminsky, Marc Lahore;
Sinopse Netflix: Após um grave acidente, Lucie tenta se redescobrir como dançarina e conhece um talentoso street dancer que precisa vencer as próprias inseguranças.
Duração: 1h36;
País de Origem: França;
Classificação etária: 12 anos;
Gênero: Romântico, Drama, Competição de dança.
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