City of Joy – Onde Vive a Esperança Netflix: Crítica (com Trailer Legendado)

O novo lançamento Netflix City of Joy – Onde Vive a Esperança é um documentário que serve para lavar nossa alma.

A produção dirigida por Madeleine Gavin é como um tiro na nossa cara. Enquanto vivemos pacatamente em nossas vidas de certa forma privilegiadas, vemos no filme o quanto o sofrimento infligido às mulheres na República Democrática do Congo durante muitos anos é latente. A injustiça ainda ocorre com as mulheres congolesas, mas elas ainda acham força para continuar vivendo.

Este documentário produzido pela Netflix detalha uma tragédia humanitária. Mas ele não fala sobre depressão e tristeza, apesar de deixar bem claro que toda a situação mostrada no filme é bem real e ainda é constante naquele lugar.

O que faz com que as mulheres de City of Joy mantenham-se firmes é a ponta de esperança… Um pequeno ponto de luz que brilha na escuridão. Inegavelmente é um exemplo para todos, independente de cor, raça, crença e sexo.

O inferno na Terra

Frequentemente descrito como o pior lugar do mundo para as mulheres, o leste do Congo convive com a violência generalizada, descontrolada e pior: direcionada para o sexo feminino. Acompanhamos pelas lentes da cineasta como é a vida de uma mulher nesse lugar horrível: diversas facções disputam territórios e usam o estupro como arma nessa guerra, além de dizimar comunidades inteiras, praticamente forçando o êxodo entre as aldeias.

“Quando cheguei a City of Joy, eu não estava me sentindo feliz”

Tudo isso é mostrado no documentário de uma forma bastante direta. Porém, o foco está em City of Joy, um refúgio seguro criado para proteger mulheres dessa violência absurda.

Esse condomínio fechado é o único lugar naquelas terras capaz de lhes dar esperança. A recuperação acontece através de um acompanhamento via terapia de grupo, e também uma espécie de treinamento para que elas sejam uma voz em sua própria comunidade quando  retornarem à suas vidas normais.

Em City of Joy, elas conseguem fugir do inferno na Terra. Essas atrocidades que rodeiam o Congo nos chocam e nos frustram, pois demonstram como nós, em geral, falhamos como humanidade.

Entretanto, ainda existem pessoas boas, mesmo quando se está no meio do fogo cruzado.

City of Joy: alegre e angustiante

A história mostrada em City of Joy – Onde Vive a Esperança não se resume a contar a trágica história das mulheres congolesas e como elas encontram um meio de viver em meio ao caos. Vemos também como os criadores desse refúgio o fazem por se preocuparem genuinamente com essas pessoas.

Todos eles poderiam sair do Congo tranquilamente, por terem suas vidas e carreiras estabelecidas, mas escolhem ficar, para minimizar o sofrimento alheio.

No fim, percebemos como essa verdadeira cidade devolveu o sentido e a alegria de viver a essas mulheres. Por outro lado, o documentário também aponta o dedo para a comunidade internacional, que intervém muito pouco para minimizar os conflitos do local, mesmo com testemunhos tão fortes das violações que acontecem por lá.

O que nos resta, ao final do documentário, é a sensação de que o mundo enquanto comunidade está beirando o abismo, e a queda está bem próxima. A corda que nos segura é representada por essas pessoas bondosas e alegres que fazem o bem gratuitamente, salvando outras pessoas reprimidas por uma sociedade bestializada.

Que este longa sirva para abrir os olhos da maioria de nós para o que acontece no Congo: precisamos urgentemente melhorar, para não sermos tragados pelas circunstâncias.

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Trailer e informações de City of Joy – Onde Vive a Esperança

Sinopse 1: A violência as afetou profundamente. Agora, elas se unem em busca da cura e do poder para reconstruir a vida.

Sinopse 2: Mulheres violentadas durante os conflitos no Congo buscam reabilitação no City of Joy, um centro criado para ajudá-las a recuperar o poder e a identidade.

Gênero: Documentário, Drama;

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