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Cloud Gamming e a revolução dos games

Talvez muitos de vocês não tenham tido a oportunidade de estar no evento Campus Party Brasil em 2013. Ou talvez estiveram, mas infelizmente não tinham um “viratempo” (como Hermione Granger) nem podiam fazer Kage Bunshins (como o Naruto) para estar em várias palestras ao mesmo tempo.

Para nossa sorte, todas elas são gravadas, e eu gostaria de compartilhar com vocês uma que aconteceu no palco de Games e Simulação, ministrada pelo presidente da Nvidia do Brasil, Richard Cameron.

Acompanhem o vídeo abaixo (lá pelo minuto 12 o som fica ruim, mas logo melhora e fica bom até o fim da palestra):

Abaixo, o vídeo que foi passado da fada Down (não encontrei o vídeo de Hawken, se alguém tiver o link deixe nos comentários):

Quem esteve lá, ou quem acabou de ver o vídeo agora deve estar empolgado aguardando pelos próximos anos que virão.

É realmente incrível ver como tudo á nossa volta evolui, e não é para menos. A evolução é algo que faz parte da natureza, e os videogames não poderiam ficar de fora dessa.

 

Mercado Game 2.0

 

Podemos ver hoje que os próprios gamers estão incrementando seus jogos prediletos. Por exemplo, quando você instala StarCraft2 em seu computador é instalado junto um editor de mapas onde você pode criar não apenas novos cenários, mas fases inteiras. Assim como vários outros jogos que permitem que jogadores enviem texturas (como Skyrim), e criem um mundo de coisas (desde que o jogo permita, claro).

Isso está transformando a forma como os jogos (e as produtoras de games em si) interagem com os consumidores. Não somos mais meros consumidores. Nós estamos contribuindo para a melhoria e expansão de experiência gamer como um todo.

E as transformações não param por aí… Já estamos entrando na era de jogos por Streaming, ou seja, o Cloud Gaming. Nada de downloads para a HD, nada de consoles… Tudo via Streaming.

 

Porque não pensaram nisso antes?

 

Ao ver toda essa evolução podemos pensar “nossa, só agora vão fazer isso? É tão fantástico que deveriam ter inventado antes!“. Bem, é que só agora a tecnologia começa a permitir que este tipo de avanço seja possível para o público. Está cada vez mais fácil ter um jogo em nossas casas, preços cada vez mais justos para que joguemos um Jogo Justo. Jogos que podemos pagar sem que saia sangue de nossossss bolsossss (não sei porquê, mas me lembrei de Smeagol agora).

Eu sou uma assinante do Netflix, e acho que assistir filmes desta maneira é simplesmente uma das melhores sacadas permitidas pelo Streaming. E imagine agora poder ter seus jogos prediletos diretamente na TV necessitando apenas de um cabo com acesso à internet. É como Richard disse: uma evolução no modelo de negócio dos games.

Com a Internet tornando-se mais rápida e mais barata, o Cloud Gaming se tornará uma realidade comum entre as pessoas (eu farei parte dessa realidade, com certeza).

E pense em uma das maiores dificuldades que as produtoras de games para PC têm atualmente: elas precisam fazer jogos que rodem em plataformas totalmente diferentes. Não é como um Xbox, ou um PlayStation, que tem aquela configuração e pronto. O meu Wii tem a mesma configuração do Wii do vizinho, do Wii do Fulano e do Ciclano. Mas quando falamos de uma máquina personalizada como o computador a conversa muda.

Com o Cloud Gaming se tornando uma realidade para as massas as produtoras poderão respirar aliviadas, pois o jogo rodará em servidores poderosos e aptos a reproduzir qualquer tipo de jogo. Isso faz com que aquele seu netbook que você só usava para estudar torne-se um lugar perfeito para as jogatinas.

Que legal, não é? Nada de processadores fritando e coolers girando alucinadamente.

 

A novidade

 

Como vocês viram no vídeo, a Nvidia anunciou o lançamento do Project Shield. Diferente do que a imprensa está anunciando por aí, o Project Shield (nome provisório) não é um console. Ele é um dispositivo portátil de game para plataformas abertas.

Ok, isso parece soar quase como “console” dito de uma forma mais rebuscada, mas o fato é que a proposta da Nvidia é poder trazer jogos como os do Android e os de PC para a tela portátil (e para a TV). Muitos não se convenceram ainda com o Project Shield, mas ainda tem um mês até seu lançamento (previsto para estar nas prateleiras até Junho).

E vamos ver no que isso vai dar. Acredito que vamos ver todo seu potencial (ou a falta dele) após seu lançamento, quando os usuários fizerem aquilo que sabem de melhor: opinar e criticar.

Independente de este projeto bombar ou não, fica claro a preocupação que empresas de peso estão tendo conosco – os gamers. Cada vez mais facilitando nosso acesso aos jogos, cada vez mais melhorando-os (embora às vezes eles melhorem apenas gráficos, deixando outras coisas a desejar).

 

Links

 

1. No início foi citada uma apresentação de slides de Ben Cousin. Quem quiser assisti-la, eis o link (em inglês): http://www.slideshare.net/bcousins/when-the-consoles-die-what-comes-next
2. GeForce Experience, o aplicativo para quem tem uma GeForce: http://www.nvidia.com.br/geforce-experience/
3. Videos do Nvidia Tegra: http://www.youtube.com/playlist?list=PLB1B7D5FDB0BD9664

Estar inserida neste mundo dos games (e incluo as “Campus Partys” nisso) só me faz feliz. Ver como as pessoas se unem por um mesmo propósito, e ver como este mercado está crescendo me faz querer mais e mais. 🙂

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Nantai

Escritora, ilustradora e taróloga autodidata, Nantai procura reavivar a centelha de magia que todos temos. Gosta de montanhas, gatos, e de escrever ao som da chuva. www.bcrausnantai.com

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