O documentário “Cosmos: A Spacetime Odyssey“, apresentado pelo divulgador científico e astrofísico americano Neil deGrasse Tyson, é como se fosse uma segunda parte do documentário de 1980, apresentada por Carl Sagan. Vem com uma incrível trilha sonora, lembrando em alguns pontos Star Wars e Jurassic Park.
Apesar do nome, Cosmos: A Spacetime Odyssey não fala somente de assuntos além de nosso planeta Terra. E esta é a parte mais interessante, pois considera que tudo está intimamente interligado – e de fato está -, enquanto somos levados por uma viagem pelo tempo e pelo espaço através da “nave da imaginação”. Tudo começa pela localização. Onde estamos? Isso, claro, considerando o universo como ponto de partida.
Um detalhe interessante é a menção que Neil deGrasse Tyson faz à Voyager 1. Foram dois discos fonográficos de ouro lançados ao espaço, sem um destino específico, contendo vários tipos de mensagens.
Carl Sagan, apresentador da série dos anos 80, não por acaso chefiou o comitê que selecionou os sons gravados nos discos. Entre eles estavam sons da natureza como por exemplo trovões, ondas do mar, o assovio do vento, canto de pássaros ou das baleias, e também diversas músicas de diferentes culturas e épocas, mostrando um pouco dos costumes que tínhamos no planeta naquele tempo. Por saberem que a Voyager 1 é muito pequena com relação a todo o espaço, os cientistas sabem que as chances de ela ser encontrada são mínimas. Por isso, a intenção da Voyager não é uma comunicação, mas sim um item de curiosidade para a forma de vida que a encontrar num futuro distante – humana ou não -, já que ela será como uma cápsula do tempo.
O episódio seguinte mergulha num interessante passado com as teorias da evolução de nossos atuais olhos, cuja visão julgamos tão límpida e perfeita. Já pensou que tudo isso que você enxerga pode ser apenas uma versão grotesca da realidade? Pois é, ainda não somos perfeitos.
Cosmos: A Spacetime Odyssey vai além. Explora amizades dos grandes Isaac Newton e Edmond Halley (aquele mesmo, do cometa). E isto é somente o início, já que a série tem 13 episódios, todos eles nos levando de uma forma incrivelmente lúdica através de uma viagem sem limites.
Curiosidades que muitos sempre tivemos, e outras que talvez nem passassem pela nossa cabeça são exploradas aqui de maneira empolgante. E todas estas respostas só foram possíveis graças a questionadores que não tiveram medo das represálias nos séculos passados, e não foram poucas. O carisma de Neil deGrasse Tyson ajuda nesta incrível viagem, e você sem dúvida vai passar a ver a vida na Terra – e no espaço – de uma forma completamente diferente!
Praticamente invicta na Netflix, Cosmos: A Spacetime Odyssey leva 4,6 estrelas, mostrando que esta opinião se estende a mais de 800 mil pessoas. Recomendo!