Sempre gostei de filmes onde o protagonista troca de lugar com alguém, colocando-o numa posição diferente do que está acostumado. Bem, de certa forma isso acontece com todos os personagens ao entrarem na “aventura”, mas refiro-me a algo mais específico: fingir o sexo oposto, ou de repente acordar e perceber que você está no corpo de outra pessoa. Isso sempre gera algumas situações muito divertidas e constrangedoras.
No filme Ela É O Cara, disponível na Netflix, é assim que as coisas acontecem. Viola (lê-se “Vaiôula“) é tão parecida com o irmão gêmeo que resolve se infiltrar na escola dele só para poder provar que garotas podem jogar com garotos num time de futebol.
É claro que Viola não vai querer que ninguém note quem ela é realmente, e com isso você já pode imaginar a situação quando o treinador pede para mostrar do que os novatos são capazes num jogo separado por “com/sem” camisa. E na hora da chuveirada no vestiário, o que fazer?
Difícil para “Sebastian” vai ser explicar como entende tanto sobre os sentimentos das garotas.
A trama é baseada numa peça teatral de Shakespeare, Noite de Reis, e totalmente adaptada para um cenário atual e mais “descolado”. Quem conhece o original do dramaturgo inglês vai se identificar com alguns conceitos do enredo, mas no geral o filme é bem mais simples e leve – próprio de uma comédia com personagens adolescentes.
A história dá margem a questionar certos comportamentos femininos e masculinos, e perceber que muitas vezes achamos que conhecemos o sexo oposto quando na verdade estamos longe de compreendê-los.
Indicado para quem quer uma diversão sem compromisso.
E para quem curtiu este filme, certamente também se interessará pela série Sex Education Netflix. Um dramédia entre adolescentes que fala sobre questões complicadas da puberdade, e da vida em geral.