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O documentário Netflix Feministas: O Que Elas Estavam Pensando? talvez seja mais importante hoje do que em qualquer outra época. É uma produção absolutamente necessária para os dias em que vivemos, em que há tanto desprezo pelas lutas das mulheres no Brasil e no mundo.

Com esse trabalho, podemos acompanhar toda a luta que muitas dessas pessoas, mulheres anônimas e famosas, vêm empreendendo desde a década de 70 para conseguir direitos iguais e mais respeito de uma sociedade quase majoritariamente machista.

A partir de fotos tiradas por Cynthia MacAdams em meados da década de 70, Feministas: O Que Elas Estavam Pensando? nos joga no início do movimento feminista, que florescia naquela época e que, ainda mais do que hoje, era visto como um desperdício de tempo pela sociedade em geral.

A luta por direitos das mulheres ainda era algo muito distante para a cabeça conservadora da época, que ainda tinha sérios problema com a questão dos negros. Portanto, este documentário é um fragmento de história que nos lembra que a luta continua até hoje, e que está sendo passada, com sucesso, para gerações mais novas.

Mulheres à beira de um ataque de nervos?

Através das fotos tiradas por MacAdams naqueles tempos, podemos observar a história daquelas pessoas que começaram o movimento feminista com a ideia de igualdade de tratamento para as mulheres, coisa que era impensável para a sociedade daquele tempo.

Para dar um panorama geral de como se vivia o movimento naquela época e como ele está agora, Feministas: O Que Elas Estavam Pensando? traz entrevistas com diversas personalidades que estavam presentes no feminismo recém nascido, como Jane Fonda e Lily Tomlin, protagonistas de “Grace and Frankie”, também da Netflix.

As duas, aliadas a mais de uma dezena de outras entrevistadas, formam o panorama completo do movimento feminista, desde a sua criação até os dias de hoje, quando ele tem se fortalecido em todas as frentes – e igualmente atacado por grupos extremistas. É comovente ouvir os relatos dos preconceitos e das dificuldades que essas pessoas tiveram para ter uma voz na comunidade onde viviam, e como essa luta reverbera atualmente, com as mulheres tendo muito mais poder do que antes.

O que era antes visto como chacota, do tipo “mulheres à beira de um ataque de nervos”, é hoje visto de forma diferente. O documentário Netflix Feministas: O Que Elas Estavam Pensando? serve, portanto, como uma cápsula do tempo que nos mostra o que mudou daquela época para cá. E também deixa claro que ainda há muito pelo qual lutar.

A luta sempre continua

O documentário é muito feliz em fazer as comparações entre os anos 70 e a atualidade. Ao trazer informações relevantes para entender como o movimento foi criado, podemos analisar melhor as consequências das lutas travadas naquela época para as mulheres atuais. Tudo isso feito sem panfletagem, mas sim com o intuito de informar e reverenciar uma história que, por pouco, não foi esquecida pelas gerações posteriores.

Além do mais, Feministas: O Que Elas Estavam Pensando? deixa claro que a luta sempre continua. A busca pelos direitos de igualdade plenos das mulheres em relação à sociedade amplamente machista não acabou. Pelo contrário: ainda será preciso muito tempo para que alcancem a vitória completa.

Até lá, como fica bem demonstrado neste documentário, as pequenas vitórias de tempos em tempos podem e devem ser celebradas.

Uma série que fala um pouco sobre as lutas feministas de outrora é As Telefonistas. Para mais produções do tipo, recomendamos 22 de Julho, Duas Catalunhas, Cartas de Dunblane, Roe x Wade: Direitos das Mulheres nos EUA e ReMastered: Who Shot the Sheriff.

Trailer e informações do documentário Netflix: Feministas: O Que Elas Estavam Pensando?

Sinopse 1: Elas derrubaram convenções sociais, abraçaram seu lado humano e mudaram o mundo. Agora, conversam com a nova geração.

Sinopse 2: A partir de fotos dos anos 70 que captaram o despertar do feminismo, o filme mergulha na vida das mulheres retratadas e explora a permanente necessidade de mudança.

Idioma: áudio em inglês e legendas em português;

Ano de lançamento: 2018;

Gênero: Documentário;