A proposta da sinopse do dorama Good Morning Call (um “dorama” original Netflix) me chamou a atenção exatamente pela estranheza da situação: uma colegial consegue alugar um belo e espaçoso apartamento (que está incrivelmente barato), porém no dia de mudança descobre que outra pessoa também estava se mudando para lá, com malas e tudo, e tinha o mesmo contrato de aluguel que ela, e a mesma chave. E essa pessoa era nada menos que o rapaz mais gato – e irritante – da escola.
Comecei a assistir porque este tipo de histórias adolescentes me puxam muito pela curiosidade, mesmo que tenham um final previsível e relacionamentos clichê cheios de estereótipos ao estilo “shojo“. Porém, mesmo com os clichês, o dorama Good Morning Call também tem sua beleza, e com certeza é recheado dos ingredientes corretos para atingir seu público-alvo: as adolescentes apaixonadas.
Afinal, em muitos casos, o que vale é a jornada dos protagonistas, e não necessariamente o destino deles.
Indice
Para quem está habituado com os doramas japoneses, não irá estranhar as atitudes exageradas dos personagens. Porém, para aqueles que chegam ao estilo pela primeira vez, podem não entender o humor que eles imprimem nas atuações por vezes exacerbadas.
Acontece que, para marcar bem o fato de ser uma comédia (e para deixar as cenas mais cômicas), eles realmente extrapolam em alguns momentos, fazendo com que os mais desavisados realmente achem algumas coisas estranhas. Sustos teatrais, cochichos que poderiam ser ouvidos do outro lado da rua, e aqueles “não é nada não” que não convence nem uma criança de 4 anos.
Quanto mais os conflitos são evitados, mais eles se complicam e se emaranham, criando uma série de mal-entendidos que nos deixam com as unhas no toco de tanto roê-las (dá vontade de entrar no dorama e contar de uma vez tudo o que está sendo escondido, porque na maioria das vezes basta a verdade para que um problema seja resolvido).
Este dorama da Netflix mostra isso na prática, com muitas das questões sendo resolvidas somente após gerar uma certa comoção geral – mas é bem fofo se você gosta deste gênero (eu gosto!).
Desde o início, quando somos apresentados a Nao Yoshikawa (a protagonista), vemos uma garota que, apesar de meiga, é muito irresponsável e infantil em suas atitudes (e eu arriscaria, inclusive, dizer “mimada”, também).
Mas a medida em que os episódios vão avançando, as mudanças vão se apresentando de uma forma clara, e isso é uma espécie de presente para nós telespectadores. Perceber essas mudanças não somente nela mas também em seu par romântico, Hisashi Uehara, é gratificante.
Entenda melhor sobre o que Realmente é um dorama, e saiba algumas curiosidades.
Sim, para quem não sabe, este dorama original Netflix foi baseado num mangá de mesmo nome, da autora Takasuka Yue (criadora de vários outros no estilo “shoujo”).
Como era de se esperar, o dorama difere em algumas coisas do mangá. Para quem leu, irá perceber que a série live action tem em seu enredo uma consistência muito maior, com personagens e situações mais bem desenvolvidos. Porém, a maior de todas as diferenças é o fato de que, na Netflix, o dorama rendeu uma temporada além dos acontecimentos mostrados no mangá: Good Morning Call Our Campus Days (nossos dias de campus).
Ou seja, para quem viu apenas o mangá, saiba que tem muito mais na Netflix. Afinal, a segunda temporada começa exatamente onde terminou a primeira, com alguns novos personagens (meu favorito é o Natsume!) e novas situações mostrando uma nova fase escolar e uma nova etapa no relacionamento para que o casal aprenda que namorar não é apenas trocar juras de amor: e sim aprender a conviver e confiar um no outro.
Trailer da 2ª temporada (pode conter spoilers da 1ª)
Sinopse 1: A única coisa mais legal que sair da casa dos pais é dividir o apartamento com o maior gato. Só que não.
Sinopse 2: Ela conseguiu seu próprio apartamento, mas terá que dividí-lo com o garoto mais popular da escola e ninguém pode saber que eles moram juntos.
Classificação etária: 12 anos
Ano de lançamento: 2017
Gênero: Comédia romântica adolescente
Good Morning Call sem dúvida é uma série perfeita para amantes do estilo shoujo (mangá/anime para meninas adolescentes). Apesar dos estereótipos, vale a pena para nos dar momentos leves de fofura e pequenos apertos no coração quando os personagens vão para caminhos que não achamos a melhor escolha.
Você já assistiu a este dorama? Conte para nós o que achou 🙂
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Meu primeiro j-drama. Devo tê-lo assistido umas 8 vezes no mínimo. Leve, divertido, com uma bela fotografia. Uma das minhas “séries conforto”