High Society é um filme coreano que fala sobre temas praticamente universais: o desejo de ascender na vida a qualquer custo e a corrupção que comanda qualquer organização poderosa. Evidentemente, essas são questões que podem ser discutidas em qualquer lugar do planeta, principalmente aqui no Brasil. No entanto, o que poderia render um ótimo filme resulta apenas em um trabalho mediano (assista aqui).
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High Society conta a história de Tae-jun (Park Hae-il), que é um respeitado professor universitário de economia. Ambicioso, ele procura ascender na sociedade pelos caminhos mais fáceis. Isso o coloca como candidato favorito para a Assembléia Nacional do país pelo Mirae Group, uma super empresa multimilionária ligada ao crime organizado. A direção desse conglomerado tem grande interesse em Tae-jun por conta de alguns projetos que ele pretende desenvolver que podem favorecer as grandes empresas em detrimento dos pequenos negócios.
Como se nota, o original Netflix High Society teria um grande enredo para desenvolver, mas prefere ficar no básico. Em determinado momento a história empaca e não anda mais pra frente, rodando em círculos até o seu clímax, que soa pretensioso e corrido. Tudo para recuperar o tempo perdido com as enrolações das maquinações desse “casal do mal”, que também possuem seus próprios segredos (amantes, por exemplo), mas que se unem para chegarem ao topo da cadeia social coreana.
Há muito de “House of Cards” na relação entre Tae-jun e Soo Yeon: ambos são pessoas ególatras, maniqueístas, e não hesitam em passar por cima de quem quer que seja para atingir o sucesso de seus planos. É uma pena que eles não sejam tão desenvolvidos como Frank e Carrie Underwood. A partir do último ato do filme a dupla começa a agir como patetas.
Também há uma linha de erotismo em High Society que é largada no meio do caminho. O filme começa a demonstrar as relações sexuais perigosas que a dupla possui “por fora”, mas não demora para que essa linha narrativa também seja abandonada. Se investisse nesse gênero, o drama poderia ganhar outros contornos e se tornar mais relevante, mas aparentemente isso não passou pela cabeça dos produtores.
Pena, portanto, que o roteiro estrague tudo a partir da segunda metade do filme. High Society Netflix se transforma em um pastiche, em que as situações se tornam até mesmo inverossímeis. No conjunto geral, pesando os prós e contras, o filme pode ser considerado bom para assistir – entretanto, com o mesmo tema que ele traz, existem exemplares bem melhores por aí.
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Sinopse: Uma ambiciosa curadora de arte e seu marido, um professor de economia com pretensões políticas, vão fazer qualquer coisa para ascender socialmente.
Duração: 2h 17min;
Classificação etária: 18 anos;
Ano de lançamento: 2019;
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Gostei bastante da rewiew pena que não colocaram o nome do Autor