A última temporada de House of Cards finalmente ganha as telas do mundo inteiro depois de um ano de turbulências (assista aqui). Se você não chegou na 5ª temporada da série, pode ser que encontre alguns spoilers.
O movimento registrado no ano passado contra os abusos sexuais na indústria cinematográfica derrubaram o principal astro da série. Kevin Spacey foi demitido da produção quando ela estava começando as suas filmagens, o que fez com que a série precisasse ser repensada. A solução encontrada foi simples: matar o personagem.
E como uma espécie de simbolismo, o protagonismo foi passado para a sua esposa, que era uma coadjuvante de peso nas cinco temporadas anteriores, mas que até então não havia tido momentos de brilho próprio. Com a saída de Spacey, Robin Wright – uma atriz de muito talento – assumiu a dianteira, e agora percebemos que essa foi a melhor solução: House of Cards ganha um final digno e impactante, ancorado em sua atuação densa e soturna.
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Claire, portanto, se torna uma espécie de rainha. Seu poder é imenso e ela tem o sangue frio necessário para conseguir manter o mesmo respeito que Frank possuía. Entretanto, para conseguir manter a respeitabilidade e o poder concentrado em suas mãos, Claire precisa enfrentar alguns perigos políticos que vêm de uma família poderosa, doadora de sua campanha presidencial.
Dessa forma, os oito episódios que encerram a saga de House of Cards mostram que, mesmo em política, vale a máxima “tudo que vai, volta”. Ao mesmo tempo em que Claire consegue ser tão suja, irresponsável e manipuladora quanto seu marido morto, ela começa a receber de volta todas as bravatas e conchavos que eles mesmos fizeram para conseguir chegar ao poder máximo americano.
Claire Underwood se mostra tão maligna quanto seu antecessor na cadeira de presidente, ao mesmo tempo em que encontra novas formas de persuadir sua equipe e o povo americano para manter as aparências, mesmo que isso custe a democracia tão enraizada no país.
Muita gente duvidava que House of Cards tivesse um final digno com toda a confusão envolvendo seu astro principal. Por sorte, a equipe de roteirista e produtores conseguiu encontrar uma saída honrosa para a história, impactante o suficiente para fazer com que essa produção continue sendo um dos maiores destaques da Netflix, mesmo já tendo sido encerrada. A sua conclusão é espantosa, muito bem escrita e dirigida, e que só engrandece o produto como um todo.
E não poderia ser um encerramento melhor. No final de tudo, como era de se esperar, assistimos a ascensão e queda de uma mulher tragada pelo vício em poder. Como se diz no dito popular, “o poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente”.
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Sinopse 1: É verdade que o poder corrompe? O congressista Frank Underwood está para descobrir.
Sinopse 2: Um político inescrupuloso não mede esforços para conquistar o poder nos EUA neste drama vencedor do Emmy e do Globo de Ouro.
Idioma: dublado (com opção de áudio original em inglês e legendas em português);
Classificação etária: 18 anos;
Ano de lançamento: 2017;