Em La Reina del Flow, comprova-se a máxima que diz que “nada pode ser mais perigoso do que uma mulher ferida” (assista aqui).
Essa produção colombiana, cuja primeira temporada entra agora para o catálogo brasileiro da Netflix, mostra como uma mulher que é presa injustamente procura vingança contra as pessoas que tiraram tudo que ela tinha de mais valioso em sua vida, mesmo depois de quase 20 anos.
Essa é a história que acompanhamos: ao mesmo tempo em que tem uma ambientação e atuações que lembram muito as novelas da Globo, a trama vem recheada de reviravoltas surpreendentes que remetem aos melhores trabalhos da própria Netflix.
A produção, feita para o canal Caracol Televisión da Colômbia, tem o poder de fascinar o espectador trazendo bons intérpretes para personagens carismáticos, que ao mesmo tempo são bastante ambíguos. Uma vez que começar a assistir La Reina del Flow dificilmente vai conseguir parar.
É um “novelão” muito bem arquitetado, com diálogos espertos e bem dirigido, que tem a sua história de vingança muito bem delineada, a ponto de nos deixar viciados esperando pelo próximo capítulo.
Indice
Além de contar com o talento de Yeimy, ele também usa a influência de seu tio, que é um narcotraficante poderoso, para conseguir dinheiro para gravações e viagens. Porém, Yeimy descobre essa ligação e reprova os métodos de Charly, fazendo com que ele decida tirá-la do caminho, armando para que ela seja presa por tráfico.
Dezessete anos depois, ela sai da cadeia através de um acordo feito com a polícia para desbaratinar o cartel que a levou para a prisão.
Boa parte do sucesso dessa empreitada está em seus atores. María Jose Vargas interpreta Yeimy como uma garota ingênua no começo da jornada, mas que depois se torna fria e vingativa, pronta para acabar com a raça das pessoas que a fizeram passar por tanto sofrimento.
Essa transformação é visível não só na aparência de sua personagem, mas também nos seus modos: enquanto jovem, ela parece ser uma pessoa mais solta, livre, de movimentos mais largos; depois de tantos anos de cadeia e nutrindo sentimentos de vingança, ela se torna uma pessoa fria, mais seca e que economiza movimentos, denotando maior dureza.
Ao mesmo tempo, Juan Manuel Restrepo interpreta Charly, a outra ponta desse novelo, como um sujeito egocêntrico, maldoso e malicioso, e que acentua essas características com o passar do tempo. É um sujeito que faz o que for preciso para conseguir ter e manter o sucesso, e seu intérprete sabe muito bem passar essa impressão, seja com uma atitude intimidadora ou apenas com um olhar.
Portanto, essa primeira temporada de La Reina del Flow dá oportunidade para vários talentos brilharem a serviço de uma história provocadora e forte. A série colombiana tem um magnetismo impressionante, e boa parte disso é culpa da competência técnica, que vai desde o roteiro bem escrito, passando por uma boa ambientação na direção de arte e com uma direção segura, até os atores que arrasam em seus papéis, sem nunca deixar cair na caricatura.
Por mais forçada que possa parecer às vezes, a série Netflix La Reina del Flow ganha muitos pontos por não se entregar ao dramalhão mais clichê quando tudo aponta para esse caminho. Tendo um final de temporada impressionante e enigmático, no fim das contas ficamos ansiosos para saber como tudo isso terminará.
Só o saberemos na segunda temporada, que ainda está para estrear. Até lá, vamos manter essa história na mente, esperando os próximos acontecimentos com ansiedade.
Enquanto isso, recomendamos também as séries Orange is The New Black, Segurança em Jogo, El Marginal, Ingobernable, A Catedral do Mar, A Lei Secreta e Insatiable.
Sinopse 1: A vingança é um prato que se come frio. Mas com uma trilha sonora bem quente.
Sinopse 2: Dezessete anos após ser presa injustamente, uma compositora talentosa busca justiça contra os homens que causaram sua queda e mataram sua família.
Ano de lançamento: 2018;
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SÉRIE SENSACIONAL, VALE MUITO A PENA ASSISTIR. CADA CAPITULO É UMA SURPRESA.
Comecei assistir. Estou gostando muito. Adoro novelas colombianas