Os treze episódios de Last Hope que chegam agora ao catálogo da Netflix mostram um mundo desolado, pós apocalíptico, onde a humanidade está quase em extinção.
Caso queira ler a resenha da segunda temporada de LAST HOPE, acesse este artigo.
Este anime é muito competente em desenhar um mundo completamente novo, onde os humanos se fundiram com as máquinas, originando seres bizarros que tem a meta de destruir a sociedade em geral. Por outro lado, seu desenvolvimento se parece muito com qualquer coisa que já vimos antes. O que falta é originalidade
Não que isso seja um requisito obrigatório. Existem muitos filmes, livros e animes que usam as regras do gênero em foco para criar obras realmente relevantes. Mas Last Hope peca nesse aspecto: a todo tempo, parece algo muito familiar, que chega até a incomodar.
Mas ela tem seus méritos que fazem com que mereça ser vista. Ainda bem.
Indice
Toda a conversa sobre como nós vamos acabar destruindo a natureza, o planeta e a nós mesmos com o avanço da tecnologia não é nova. Desde que o cinema é cinema, observamos filmes que trazem esse tema, com maior ou menor foco. Lá na década de 20, tivemos o “Metrópolis” do Fritz Lang. Já em tempos atuais, tivemos “Eu, Robô” (sim, aquele com Will Smith) passando pela obra-prima “A.I. – Inteligência Artificial), de Steven Spielberg (e roteiro concebido por Stanley Kubrick). Isso sem contar “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, do próprio Kubrick, e livros de autores como Asimov ou Arthur C. Clarke.
Portanto, a produção é uma ficção científica competente. Isso não há como negar. O brilhantismo de seu traço, porém, acaba se perdendo em diálogos clichês e muitas vezes expositivo demais (o que é relativamente comum em animes). E isso pode comprometer um pouco a experiência.
A história de Leon Lau, que é considerado como a última esperança da humanidade para se salvar, acaba se perdendo em muitos diálogos onde pouco ou nada se desenvolve. Parece, no fim das contas, um parafuso espanado: roda, roda e não sai do lugar.
As conversas entre os personagens são bastante cansativas de se acompanhar. É uma linguagem muitas vezes técnica demais. Além disso, há um senso de humor bastante estranho para uma produção dramática como essa, que acaba soando deslocado dentro da história principal.
Agora, resta esperar a segunda parte ser lançada pela Netflix para verificar se a história e os personagens terão um melhor encaminhamento. Se continuar na toada demonstrada nessa primeira leva de capítulos, corre o sério risco de ser tornar uma obra muito difícil de assistir.
EDITADO: a segunda temporada de LAST HOPE já foi lançada, e cumpre a promessa de melhorias no enredo! Confira aqui! 😉
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Sinopse 1: O experimento dele acabou com a humanidade. Agora, um mal ainda maior ameaça quem sobreviveu.
Sinopse 2: Após quase extinguir a humanidade sete anos atrás, o cientista Leon Lau agora precisa encarar o desastre ecológico que causou sem perceber.
Idioma: dublado (com opção de áudio original em japonês e legendas em português);
Total de episódios (na data deste post): 1 temporada com 13 episódios de aproximadamente 24 minutos cada;
Classificação etária: 14 anos;
Ano de lançamento: 2018;