A série Netflix Nightflyers chegou estreando na Netflix em 1º de Fevereiro de 2019 para todo o mundo (assista aqui), mas antes disso já tinha sido exibida pela SyFy, em dezembro do ano passado, nos Estados Unidos.
Nightflyers foi originalmente escrita em 1980 por George R. R. Martin com um conceito que passa bem longe de seu sucesso de “A Guerra dos Tronos”. Baseado em sua noveleta (livro maior que um conto, e menor que um romance), a série Nightflyers fala sobre a proximidade do fim do mundo e, neste sentido, é como um alerta para que acordemos de nosso estupor catatônico enquanto o planeta definha embaixo de nossos narizes.
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A história de Nightflyers Netflix se passa no ano de 2093, quando o planeta Terra está morrendo e as populações humanas estão procurando outros lugares para viver (neste sentido, lembra IO: O Último na Terra – mas as semelhanças acabam aí). Com as transmissões extra-terrestres recebidas, a tripulação da nave Nightflyers vai em busca de ajuda alienígena para dar uma luz à nossa espécie que está à beira da extinção.
Esse conceito, unido à genialidade da criação de Martin, consegue certamente nos prender à cadeira devido á curiosidade para descobrirmos o que está acontecendo – o que leva Nightflyers a não ter momentos de monotonia. Entretanto, isso pode ser um ponto negativo, já que há coisas até demais acontecendo. A forma como tudo foi conduzido levou muitos à decepção.
O que causou um burburinho geral em volta de Nightflyers é justamente o fato de ter por trás do roteiro a mente de um dos escritores mais famosos da atualidade. Isso fez com que muitos fãs fossem com sede ao pote.
Um dos maiores problemas de Nightflyers Netflix foi a avidez dos diretores em colocar muitos elementos de uma vez. Entenda: não é problema que uma história tenha uma quantidade elevada de mistérios e tramas intrincadas. O problema é que isso seja jogado para os espectadores de uma só vez.
Claramente isso compromete bastante nossa suspensão de descrença. Talvez isso tenha acontecido porque, como sabemos, George R. R. Martin está atualmente bem ocupado com seus trabalhos com a HBO (que é onde são lançados os episódios de “A Guerra dos Tronos”) e a escrita do novo livro das “Cônicas de Gelo e Fogo”.
Se soubermos ignorar aquelas partes mais incômodas, Nightflyers pode dar um bom passatempo de fim de semana (afinal, são apenas 10 episódios). Principalmente se você é fã de ficção científica misturada a um terrorzinho leve.
Apesar de muitos estarem ouvindo falar dessa adaptação de Nightflyers somente agora, um filme baseado na mesma obra de Martin foi lançado em 1987 (sete anos depois da publicação do livro).
Ainda que tenha algumas semelhanças entre o filme dos anos 80 e a nova série Netflix (como a investigação dos estranhos sinais extra-terrestres recebidos e o terror psicológico durante a viagem), todo o restante, a forma como a história se desenvolve e os personagens com suas motivações são diferentes (a nave torna-se homicida, pois fica com ciúmes do envolvimento romântico do capitão com uma tripulante).
Como é de se imaginar, a produção cinematográfica daquela época era limitada. Mas as opiniões dos fãs variavam muito, indo desde “interessante” e “imersivo”, até coisas como “estranho”, “peculiar”, “desalinhada” e “adaptação pobre”. Curiosamente, críticas semelhantes às que vemos sobre a nova versão lançada na Netflix.
E você, o que achou desta nova adaptação Netflix de Nightflyers? Deixe seu comentário dizendo o que você concordou, discordou, ou com observações que deixamos de fazer.
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Sinopse: Com o futuro da humanidade em jogo, um grupo de cientistas e um poderoso telepata se aventuram no espaço a bordo de uma nave que esconde vários segredos.
Duração dos episódios: aproximadamente 55 minutos;
Ano de lançamento: 2018;