Walraven van Hall, protagonista do filme Netflix O Banqueiro da Resistência, não é um personagem muito conhecido. Entretanto, ele foi crucial para o combate ao nazismo na Holanda.
Histórias de pessoas que tiveram grande importância para a derrota da Alemanha de Hitler são sempre interessantes. Mas neste longa, dadas as devidas proporções, conhecemos um novo Oskar Schindler (o homem cuja história gerou o filme “A Lista de Schindler”).
Joram Lürsen, diretor do filme, sabia que a história que conta em O Banqueiro da Resistência tinha força para ganhar o mundo. E agora, com a produção disponível na Netflix, isso com certeza acontecerá.
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Durante a Segunda Guerra Mundial, Walraven e seu irmão Gijs não apenas se uniram à resistência, mas também a financiaram. E para isso, montaram um complicado esquema financeiro para que os nazistas não percebessem. E não foi qualquer quantia: meio bilhão de euros em valores corrigidos.
Esse enredo sozinho já seria capaz de prender a nossa atenção, mas ele é tão bem dirigido e atuado que as qualidades saltam aos olhos.
Em primeiro lugar, deve-se destacar a atuação de Barry Atsma, que interpreta o personagem principal, Walraven. Seu carisma é impressionante e ele ocupa totalmente as cenas em que aparece. Além disso, o ator capricha na interpretação psicológica de Walraven: podemos sentir seu idealismo, ao mesmo tempo em que há uma ponta de medo e receio, já que o Presidente do Banco Central da época pode desconfiar de suas ações. Basta um erro para que ele e todos a quem ama acabem indo para a prisão – ou pior. Atsma passa isso esplendidamente em sua atuação.
Em O Banqueiro da Resistência o foco não está em como os irmãos Walraven e Gils conseguiram tantos empréstimos para ajudar a resistência contra os nazistas. Certamente esse plano ocuparia muito tempo do filme. Portanto, não espere por uma aula de economia, mas sim, por cenas de tensão absolutamente competentes. O perigo está por toda parte.
Portanto, o longa já tem o mérito de jogar luz em uma história que estava esquecida e que merece ser reverenciada. Mesmo que muitas vezes peque pela falta de sutileza de seu roteiro (os personagens tomam atitudes no calor do momento a todo tempo), isso não atrapalha o resultado final.
De qualquer forma, o que vemos não é um filme sobre esse período histórico, apenas: temos aqui um exemplar formidável de um filme de gênero.
Mas não se engane: reduzir os personagens dessa história a esses estereótipos é um erro. Eles existiram de verdade, e servem de exemplo de resiliência e humanidade em um mundo cada vez mais esquecido dessas qualidades.
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Sinopse 1: Ele transformou a sua revolta em ação e enfrentou os nazistas com a arma mais poderosa de que dispunha: seu banco.
Sinopse 2: Arriscando a família e o futuro, um banqueiro na Amsterdã ocupada reduz a marcha da máquina de guerra nazista criando um banco clandestino para financiar a resistência.
Idioma: dublado (com opção de áudio original em holandês, com legendas em português);
Duração: 2h 3min;
Classificação etária: 16 anos;
Ano de lançamento: 2018;
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Excelente! Vale a pena assistir.