Longas e Curta-metragens

O Natal de Angela Netflix: Crítica do curta-metragem de Natal

Dando continuidade à sua programação de Natal, a Netflix inclui agora O Natal de Angela em seu catálogo, para alegria de quem adora curtir essa magia natalina típica do fim de ano (assista aqui).

A animação ganha as telas em um momento oportuno, em que esse tipo de produção está em alta. Mas, mais do que isso, é uma produção absolutamente competente que é capaz de aquecer até o mais gelado dos corações com sua história simples e personagens muito amáveis.

Isso só foi possível por causa de Frank McCourt. O escritor, falecido em 2009, criou essa história simpática e calorosa que agora ganha o mundo através da Netflix. Era seu sonho realizar essa adaptação, que acabou sendo concluído por sua esposa, produtora-executiva do curta-metragem. Esse especial é, portanto, uma homenagem ao escritor e intelectual vencedor do Pulitzer por “As Cinzas de Angela”, ao mesmo tempo em que tem potencial para se tornar um filme obrigatório para passar na ceia de Natal.

Simples e singela

O Natal de Angela conta a história dessa garota, que resolve “raptar” o Menino Jesus de um presépio por uma boa causa: ele está nu, e ela pretende aquecê-lo do rigoroso inverno. Essa linha narrativa, simples e singela, conduz o filme em uma jornada edificante. Angela é uma menina pobre, mas que é muito bem criada por seus pais e que tem uma sensibilidade ímpar.

Quando ela vê, na manjedoura, a figura do Menino Jesus sem roupas, e percebendo como o frio tem sido cortante – como sempre é nessa época do ano no hemisfério Norte – ela resolve levá-lo para que ele não sinta mais frio. Esse sentimento é o que a motiva, e também a todos que acabam se envolvendo com ela durante a sua caminhada, recheada de aventuras, de carinho e amor.

Esse especial, que tem apenas meia hora, deixa ao término uma sensação de “quero mais”. A produção é muito feliz em fazer com que nós, com tão pouco tempo, nos apeguemos à pequena Angela e a sua missão.

Havia uma oportunidade de “esticar” a história um pouco mais para que pudéssemos aproveitar melhor toda a empatia criada pelos personagens, mas a escolha em fazê-la tão curta pode ser justificada em manter essa aura em volta da obra, evitando que ela caísse em repetições e, com isso, perdesse a magia.

O trabalho de dublagem também é fascinante. Considerando apenas a versão original legendada, temos nomes como Ruth Negga (indicada ao Oscar de Melhor Atriz por “Loving” em 2016) no papel da mãe e Lucy O’Connell, que já havia demonstrado seu talento para dublagens emocionais em “A Canção do Oceano”, de 2014, como a personagem principal. As duas conseguem passar, através da voz, os sentimentos mais contundentes. Isso, por si só, é um feito e tanto.

Produção excelente em O Natal de Angela Netflix

O Natal de Angela também conta com uma animação muito bem feita. Em especiais desse tipo é raro termos uma produção tão bem acabada, que muitas vezes lembra o trabalho de Robert Zemeckis em “Os Fantasmas de Scrooge”, realizado em 2009. Entretanto, enquanto naquele filme o diretor usava a captura de movimento para dar vida aos personagens, aqui é a animação pura e simples que torna a produção excelente.

Para quem ama esse tipo de história que traz conforto e emoção na época natalina, O Natal de Angela é uma das melhores coisas que você pode encontrar na Netflix. É o especial ideal para arrancar algumas lágrimas de emoção, e que também nos faz refletir sobre a bondade e o sentimento de compaixão que, por mais que às vezes pareça não existir mais, ainda habita nos seres humanos.

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Crítica em vídeo de O Natal de Angela

Trailer e informações  do curta-metragem Netflix O Natal de Angela

Sinopse 1: Uma garotinha  com um grande coração. Um bebê em uma manjedoura. E um Natal especial que a família nunca vai esquecer.

Sinopse 2: Na igreja com a família na Véspera de Natal, Angela tem uma ideia extraordinária. Um conto comovente baseado numa história de Frank McCourt.

Ano de lançamento: 2018;

Gênero: Animação infantil;

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