O Príncipe Dragão, nova investida Netflix em animações, finalmente chega ao catálogo cercado de expectativas. Afinal, boa parte da equipe que desenvolveu o famoso “Avatar” (o desenho, não o filme de James Cameron) está na liderança criativa dessa produção. Gente como Aaron Ehasz e Giancarlo Volpe, que embarcam nessa aventura junto com o diretor de videogame Justin Richmond.
É de se supor, portanto, que O Príncipe Dragão é uma produção perfeita e fadada ao reconhecimento duradouro que “Avatar” teve… Mas não é bem assim.
Existem lá suas falhas, mas que acabam sendo superadas pelo carisma dos personagens e um sólido roteiro.
Este é um POST ANTIGO. Caso queira ver análises e teorias da segunda temporada de O Príncipe Dragão, acesse aqui.
Indice
Há um quê de “O Senhor dos Anéis” em toda a história de O Príncipe Dragão. Muda-se o foco do Um Anel para o Ovo do Dragão, que traz uma guerra entre humanos e elfos como pano de fundo.
Consequentemente, conhecemos os personagens principais dentro desse contexto: o príncipe Callum e seu irmão mais novo Ezran, além de uma jovem elfo chamada Rayla.
A história, como se vê, é interessante e suficiente para prender a atenção de adultos e crianças. Os personagens bastante carismáticos, em especial Callum, que faz as vezes de criança estúpida e meio avoada, são bem desenvolvidos e encantam logo no começo. Um adendo especial para Rayla, que tem as melhores características – mas que também é a fonte de um dos maiores problemas da animação.
Falaremos disso mais adiante.
Sendo uma animação competente do ponto de vista técnico, O Príncipe Dragão peca em sua dublagem original. Por alguma razão, os criadores da animação decidiram dar aos humanos sotaques americanos enquanto os elfos são escoceses ou ingleses.
As outras performances de elfos variam de duvidosas a aceitáveis, mas Rayla tem o pior sotaque escocês já ouvido em qualquer mídia audiovisual. Chega a ser um pouco perturbador.
Por sorte, esse defeito que poderia arruinar a produção inteira logo é esquecido – quer dizer, tolerado. E, se você é do tipo que prefere a versão dublada em português, nem vai ter que se preocupar.
Esta animação é a melhor opção para quem gosta de histórias que envolvem lutas de espadas, feitiços, magos, entre todas aquelas coisas que a gente conhece da Trilogia do Anel. Mesmo que tenha um viés menos inclusivo (além de Rayla, não há muitas personagens femininas na trama), ela é divertida e tem um design incrível.
Para quem sentia saudade de incluir um pouco de fantasia em seu cotidiano, eis aqui uma oportunidade para abafar um pouco essa falta. O Príncipe Dragão pode ter seus defeitos, mas basta tolerá-los e mergulhar na história para se conectar com ela.
Outras animações que podem lhe interessar são Kulipari: No Mundo dos Sonhos, She-Ra e as Princesas do Poder e Next Gen. Além disso, recomendamos também o live action Netflix Mogli Entre Dois Mundos.
Sinopse 1: Eles são inimigos. Mas o segredo que descobriram vai mudar tudo – e levá-los a uma jornada mágica.
Sinopse 2: Inspirados por uma descoberta extraordinária, dois príncipes humanos e uma elfo assassina se unem numa jornada épica na busca de paz para seus reinos em guerra.
Idioma: dublado (com opção de áudio original em inglês;
Total de episódios (na data deste post): 1 temporada com 9 episódios de aproximadamente 25 minutos cada;
Classificação etária: 10 anos;
Ano de lançamento: 2018;