Incontáveis adaptações do livro de Edgar Rice Burroughs já foram transformadas em animações, filmes, quadrinhos, e outras mídias. Inclusive, falei neste post sobre a versão da Disney (de longe, minha favorita) e, curiosa com o título, me aventurei a assistir “Tarzan – A Evolução da lenda” (disponível na Netflix na data do post).
Porém, tal como o nome deste longa diz, esta é uma “evolução” da lenda: encontramos os antigos e famigerados personagens, porém num tempo mais atual e com propósitos diferentes.
A partir daqui é possível que meus devaneios contenham spoilers.
O tema explorado é principalmente a ganância do ser humano. Já nos primeiros minutos o pequeno Greystoke diz para a mãe que quando eles voltarem ao acampamento de pesquisas ele será o “rei da selva”. Até ali era apenas uma brincadeira infantil, mas fica evidente como os roteiristas (Reinhard Klooss, Jessica Postigo e Yoni Brenner) queriam mostrar que esse desejo pelo poder está intrínseco em nós, como uma espécie de instinto primitivo de dominação. De certa forma, todos os personagens (ou quase) estão lutando por algum tipo de território.
Em “Tarzan – A evolução da lenda” a narrativa se inicia mostrando o desastre que expurgou os dinossauros da Terra. Um meteoro – exatamente o que o pai de Tarzan e Clayton procuravam – caiu e destruiu tudo.
Imagino que, se a natureza pudesse falar, perguntaria aos humanos “o que faz você pensar que, só porque encontrou primeiro, é seu?”.
Mas é assim que a humanidade funciona, e é o que essa animação alemã de 2013 nos mostra, mesclando certo realismo (pois não existe um diálogo propriamente dito entre Tarzan e os gorilas, como na versão Disney) e um toque sutil de fantasia (ou seria de ficção científica? Humm…).
O final me deixou com certas dúvidas sobre o que pensar (olha o spoiler!), mas acho que o decorrer da narrativa deu algumas pistas. Frequentemente se mostrava a grandiosidade da natureza, e o próprio início deixou claro que não importa o quão grande e poderoso você seja: ela tem a capacidade de exterminar toda uma espécie “assim ó”, num estalar de dedos.
E então a cena que fecha a animação: depois que o Sr. Porter emerge com o sonhado item, a visão do espectador é levada ao espaço sideral onde, curiosamente, um meteoro idêntico ao primeiro se aproxima.
Ou seja…
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… ou talvez seja só eu, imaginando demais! Deixe um comentário com suas impressões. ^_^
Outras animações que podem lhe interessar são Kulipari: No Mundo dos Sonhos, She-Ra e as Princesas do Poder e Next Gen. Além disso, recomendamos também o live action Netflix Mogli Entre Dois Mundos.
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