A série Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo (veja aqui) é uma das produções documentais da Netflix que mostram (e nos chocam com) realidades totalmente diferentes (e dolorosas) comparadas às que conhecemos. Tal como os documentários Detentos, Por Dentro da Mente do Criminoso, Nosso Reino, Sou um Assassino, e Operação Enganosa.
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Agora, imagine você estar dentro de uma prisão lotada, trancado com vários criminosos em situações que beiram a desumanidade. É essa a sensação que essa série, Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo, proporciona ao espectador.
São as condições degradantes a que muitos seres humanos estão expostos, e mesmo que tenham cometido crimes, não merecem ser tratados com tanta crueldade.
Indice
Há diversos tipos de presídio mostrados durante esses oito episódios, e eles estão, quase sempre, em lugares onde há desordem política e social, como guerra civil ou manipulação do crime organizado, por exemplo. E é isso que torna os episódios mais chocantes.
A sensação que passa é que nem os apresentadores e nem a equipe estão seguros nesses locais, tamanha é a sensação de sofrimento e desespero. São lugares sujos, de aparência grotesca, onde as pessoas que lá ficam são realmente esquecidas. Na maioria deles existe um código interno, onde as leis “do lado de fora” não vigoram.
O apresentador da segunda temporada, Raphael Rowe, entende bem do tema. Ele mesmo ficou detido durante 12 anos, condenado por um assassinato que depois, já no ano 2000, provou-se que ele não cometeu. E, mesmo ele sendo um especialista no assunto, é visível que Rowe fica perflexo com a situação de várias prisões que ele visita, como as da Ucrânia e a de Belize.
O mais interessante dessa série original da Netflix é que ela não se limita a apenas mostrar a situação e julgar as pessoas que estão vivendo daquela forma. Os apresentadores entrevistaram os detentos, sendo eles condenados por crimes gravíssimos, outros são chefes de facções que mostram, em detalhes, como funciona o sistema carcerário nesses lugares praticamente esquecidos.
E o Brasil não ficou de fora. Na segunda temporada Rowe visitou algumas penitenciárias brasileiras e passou um dia como detento em cada uma delas, para saber como é a sensação de ser um preso em nossas terras.
Seus comentários sobre o sistema somados às entrevistas que realizou formam o quadro que a maioria dos cidadãos prefere não enxergar: nossos presídios são falhos, tratam as pessoas como lixo e são praticamente a porta de entrada de pessoas que cometeram crimes leves para uma vida no crime organizado (como o PCC, por exemplo, que recruta membros dentro desses lugares).
Portanto, Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo nos faz olhar para nós mesmos e questionarmos o sistema que temos para reeducar pessoas que cometeram crimes sim, mas que não possuem nenhuma chance de se redimir por conta da violência dos métodos e da incapacidade dos governantes em fazer melhor.
É chocante (mas necessário) ver que isso acontece por aqui. Não é preciso ir para Papua Nova Guiné, México, Polônia ou Ucrânia. Percebemos que a desumanidade está bem do nosso lado.
Veja também a terceira temporada da série Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo.
Sinopse: Jornalistas investigativos se tornam detentos voluntários nas prisões mais perigosas do mundo, onde a intimidação e a violência imperam.
Idioma: dublado (com opção de áudio original em inglês com legendas em português);
Total de episódios (na data deste post): X temporada com X episódios de aproximadamente XX minutos cada;
Classificação etária: 12 anos;
Ano de lançamento: 2018;
Gênero: série documental;
Você teve a oportunidade de assistir à série Netflix Por Dentro das Prisões Mais Severas do Mundo? Qual delas (ou que aspecto) lhe chocou mais? Conte para gente através dos comentários abaixo!