Não há discussão: Quincy Jones é uma lenda viva da música popular. E não estamos falando apenas da porção americana. O homem fez de tudo um pouco nesse ramo e hoje é reconhecido como um dos grandes produtores da História.
Por mais que tenha ficado preso a um estigma na carreira (quando trabalhou com Michael Jackson na produção de “Thriller”), Quincy Jones fez muito mais. E é isso que esse documentário, que chega agora na Netflix, mostra: uma história de sucesso, construída entre altos e baixos.
O fato de ser co-dirigido por sua filha Rashida Jones faz com que o documentário Quincy tenha fortes tintas autobiográficas. É estranho que soe até como uma despedida, levando em consideração que o homenageado já passou dos 80 anos e tem problemas de saúde variados. Chegou a ficar em coma em 2015, por conta da diabetes.
Tudo isso é mostrado no longa, sem filtros nem barreiras. Acompanhamos Quincy Jones sendo reverenciado em vida. Nada mais justo.
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A vantagem do documentário Quincy é ter acesso ao arquivo pessoal do retratado. Quincy Jones não economiza nas fitas caseiras, onde ele mostra todas as fases de sua carreira, enquanto na tela somos confrontados com o homem já doente, se esforçando para não perder o ritmo mesmo com a idade avançada. Esse contraste é, ao mesmo tempo, comovente e chocante.
De Michael Jackson a Paul McCartney até Lady Gaga, diversos são os artistas que reconhecem a importância de Jones para o cenário musical.
Esses pedaços são entrecortados com os flashbacks que remontam ao começo da carreira de Jones, quando ele era um simples músico. Acompanhamos cada fase de sua prolífica carreira, além de também sabermos sobre as intrigas e inimizades que ocorreram através dos anos. Essas coisas só podem ser mostradas por alguém que não tem mais nada a perder, só tem a mostrar. É uma história de respeito, que provavelmente nenhum outro do ramo pode igualar.
Com todas as trucagens de edição, Rashida Jones (que dirige o documentário com Alan Hicks, outro associado do homenageado) mostra um homem orgulhoso de seu passado. Mesmo sabendo que seu ocaso está chegando por conta da idade, ele ainda tem uma boa memória e conta histórias com enorme prazer. É visível que ele gosta de compartilhá-las.
Dessa forma, esse filme soa como homenagem e um tributo merecido a um ícone da música. Sem grandes apelações, Quincy condensa, em mais ou menos duas horas, toda a realização de uma vida de sorte.
E para você, que gosta de histórias com astros da música (mesmo que fictícias), recomendamos o filme The After Party.
Sinopse 1: Você já ouviu seus grandes sucessos. Agora, conheça o homem extraordinário por trás da música.
Sinopse 2: O documentário traça um panorama inédito da vida privada e da carreira do ícone da cultura e mestre da música pop americana Quincy Jones.