Quando a primeira temporada de Reboot: Os Guardiões do Sistema foi lançada na Netflix, quem assistiu torceu o nariz. Era claramente uma inspiração – quase um plágio – de Power Rangers, clássica série que fez a alegria de crianças e adolescentes nos anos 90.
É como se, em um mundo mais avançado tecnologicamente, eles reaparecessem em uma nova encarnação. Isso não seria nenhum problema: renovar as ideias é sempre bom. Entretanto, a ideia foi executada de forma sofrível desde seu início, beirando o amadorismo.
Esperava-se que houvesse um apuro melhor em uma inevitável segunda temporada. Porém, os produtores da série mostram que o tempo é apenas uma oportunidade para cometer erros novos.
A ação é bem ruim, os atores são canhestros e a história… Bem, não há história. É um amontoado de clichês e estereótipos que deviam ter ficado nos anos 90, mesmo. Reboot: Os Guardiões do Sistema é a prova de que requentar uma ideia que deu certo no passado pode não ser um bom negócio.
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Nessa segunda temporada quase não há diferença, no que diz respeito à história, com a primeira temporada. Dessa forma, dá para afirmar que é mais do mesmo. Os quatro adolescentes (o atleta, o chefinho, o nerd e a patricinha, estereótipos claros) ainda lutam contra Sourcerer, o vilão que quer tomar o sistema para si.
Além disso, o vilão é risível. Não oferece risco em momento algum, e depois de alguns episódios torna-se cansativo pela sua falta de inteligência. É parecidíssimo com alguns vilões de “Power Rangers”: é como se fosse uma mistura de vários deles em apenas um. E a mistura de live-action e animação (que é usada para representar o mundo virtual onde os heróis combatem) é muito, muito pobre. Falta capricho em ideia e execução.
Poderia ser uma série de sucesso para seu nicho de público (o infantil). Porém, Reboot: Os Guardiões do Sistema, em sua segunda temporada, consegue ser ainda mais desinteressante que a primeira leva de episódios. A produção erra muito em não dar um acabamento melhor na história, escolher atores melhores e desenvolver uma animação que realmente prenda a atenção.
É impressionante que, mesmo colhendo críticas negativas, a produção de Reboot: Os Guardiões do Sistema não se preocupou em se esmerar. Por isso, a impressão que passam é de jogar o produto de qualquer forma no catálogo, esperando que alguém “compre” a ideia. Difícil: com pouquíssimos valores atrativos, esse seriado está fadado a ganhar o cartão vermelho muito em breve.
Caso esteja procurando por algo mais denso dentro da ficção científica, recomendamos Durante a Tormenta, Osmosis, A Ordem, Nightflyers, Altered Carbon e Love Death and Robots.
Sinopse 1: On-line, eles são imbatíveis. Mas será que esses adolescentes vencerão o hacker que quer de volta a idade das trevas?
Sinopse 2: No game, Parker consegue um upgrade não autorizado. Megabyte assume o controle da fortaleza e começa a formar seu exército de sentinelas.
Idioma: dublado (com opção de áudio original em inglês, e legendas em português);
Total de episódios (na data deste post): 2 temporada com 20 episódios de 22 minutos cada;
Classificação etária: Livre;
Ano de lançamento: 2018;
Gênero: Infantil, Ação, Aventura, Ficção-científica/Tecnologia;
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Discordo.
Que monte de bobagens, matéria tendenciosa de quem não curtiu a série. Nada a ver com Power Rangers. Essa série foi produzida pela NerdCorps. As séries animadas desse estúdio sempre tem uma pegada parecida com essa.