Record of Ragnarok é um anime Netflix, e uma grande aposta desse semestre no segmento de animação japonesa, seara onde a empresa de streaming tem se destacado de uns tempos para cá (assista aqui).
Neste ano, especialmente, a oferta desse tipo de produção aumentou muito no catálogo.
Quem é fã de animes, portanto, vai ficar bem feliz com o resultado dessa nova série. Baseada no famoso mangá, a adaptação de Record of Ragnarok pode despertar paixões na mesma medida em que ganhará detratores – algo comum para adaptações de outras mídias, já que é impossível agradar 100% a todos.
Indice
A história envolve uma revisão feita a cada 1.000 anos pelos deuses: eles devem decidir se vão manter a raça humana na Terra ou removê-la inteiramente da existência.
Em sua última revisão, eles resolvem que os humanos devem ser varridos do planeta. Acontece que uma Valquíria, cansada da arrogância dos deuses, sugere que eles façam com que os humanos provem seu valor em uma luta.
Evidentemente, os deuses acreditam que são fortes demais para os humanos e aceitam o desafio, em que um deus desafia um humano para uma luta mortal a cada rodada. Quem perde, morre.
No final, se os humanos ganharem mais lutas do que os todo-poderosos, eles ganham o direito de manter sua existência intacta, longe do poder dos deuses.
O anime Record of Ragnarok tem a vantagem de fazer uso da mitologia para brincar com as perspectivas do público. Logo no começo, somos levados a acreditar que os humanos não seriam capazes de enfrentá-los; conforme a história avança, nossa percepção muda e passamos a torcer pela raça humana, ao contrário dos deuses, sempre soberbos e arrogantes.
O anime Record of Ragnarok mistura esses elementos da mitologia com uma história de força pessoal, mostrada no decorrer dos episódios, quando entendemos como os humanos ganharam a força que os faz lutar de igual para igual com seres que, antes, pareciam muito mais fortes.
É esse sub-enredo que mostra a força do anime: ao mesmo tempo em que temos o drama pessoal e intimista, temos as lutas repletas de ação.
Em seus 12 episódios, Record of Ragnarok Netflix consegue ser muito interessante em termos de história, mas não tanto no que diz respeito ao visual. Talvez na presas em lançar mais um produto para o catálogo, a Netflix não teve grande preparo estético para apresentar nesse anime, já que boa parte das cenas parece ter sido feita às pressas.
A história, entretanto, acaba sendo o ponto forte de Record of Ragnarok. Somos atraídos pela disputa entre homens e deuses, onde cada um deles apresenta uma técnica de luta diferente. Somos surpreendidos com os resultados e com as motivações de cada um, o que confere maior legitimidade a esse enredo fantástico.
Por essa razão, o anime Netflix Record of Ragnarok pode ser 8 ou 80 para os amantes de animes. Ao passo que o roteiro está muito bem escrito e cativa pelas histórias gerais e pessoais que apresenta, o visual deixa a desejar, se tornando até mesmo incômodo em certos momentos. Cabe ao espectador decidir de qual lado ficar: entre os que amaram ou que detestaram a série.
Título Original: Shuumatsu no Valkyrie;
Lançamento Netflix: 17 de Junho de 2021;
Direção e roteiro: Masao Ôkubo, Shinya Umemura;
Sinopse Netflix: Antes de serem erradicados pelos deuses, os humanos têm uma última chance de provar que merecem viver. Que comecem as batalhas do Ragnarok!
Sinopse IMDB: A cada 1000 anos, o Conselho de Deuses se reúne para decidir o destino da humanidade. Após 7 milhões de anos de história humana, os deuses decidiram que os humanos são irredimíveis e devem ser extintos.
Duração dos episódios: 24 minutos;
País de Origem: Japão;
Classificação etária: 16 anos;
Gênero: Seinen, Luta, Ação.
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