A ambientação e os personagens de Robôs fazem com que nos vejamos facilmente no lugar do protagonista, Rodney Lataria, que devido às dificuldades da familia sempre usa peças de segunda mão, apesar de ser um exímio mecânico/inventor.
O interessante nesta animação é como somos apresentados a uma realidade da indústria, em que o lucro é visado independente daqueles que estão em pior situação (e, aliás, até explorando estes). Se fôssemos fazer uma ligação com o mundo real, poderia-se dizer que é como se surgisse uma empresa que vende novos órgãos ou membros humanos a preços altíssimos acabasse com os hospitais e remédios da população (para que todos fossem forçados a comprar os “órgãos” novos com eles).
Outra observação interessante que podemos fazer é com relação ao consumismo: como as grifes e quaisquer coisas que sejam comprável com dinheiro apenas escondem o que realmente somos por dentro. Ou seja, de que adianta nos preocuparmos com as aparências se a parte interna (e aqui refiro-me ao lado espiritual) está “podre”? Em Robôs, isso é apresentado de uma forma bem literal e interessante.
A inventividade em conjunto com a amizade e o desejo pela justiça se fazem presente nesta excelente animação, Robôs, recomendado para toda a família!