Soul é o novo filme da Pixar, que chega agora ao Disney+ para contemplar o período de feriado de fim de ano (assista aqui).
A animação, que deveria ter estreado nos cinemas do mundo inteiro no decorrer do ano, acabou sendo transferido para o streaming após a pandemia do novo coronavírus ter causado uma verdadeira bagunça na programação (e na vida cotidiana) de milhões de pessoas.
É uma pena que isso tenha acontecido, pois a animação Soul da Pixar é um filme perfeito para assistir na tela grande. Trazendo a tradição do estúdio em falar de temas adultos da forma mais leve e divertida possível (como pode ser visto, por exemplo, em “Up – Altas Aventuras”, “Divertidamente” e “Viva – A Vida é Uma Festa”), o filme de Pete Docter e Kemp Powers se torna automaticamente o grande favorito ao Oscar de Melhor Animação.
Indice
Soul acompanha a história de Joe Gardner (Jamie Foxx), um professor de música que procura alcançar sua realização pessoal e profissional. Dedicado e talentoso, ele projetou um estilo de vida para si, o qual procurou durante toda a sua existência. Quando ele finalmente consegue sua esperada chance de tocar com a exigente saxofonista Dorothea Willams (Angela Bassett), ele cai em um buraco e morre.
A sua alma, porém, acaba caindo em um lugar completamente diferente da qual deveria ter ido: ele vai parar no Pré-Vida, onde as almas conhecem as pessoas as quais elas pertencerão. As almas antigas recebem a missão de ajudar uma alma nova que voltará para a Terra como uma pessoa nova em folha.
Quem apresenta Joe a esse mundo novo é o trio Jerry, Jerry e Jerry (Alice Braga, Wes Studi, e Richard Ayoade); além disso, o professor conhece outros personagens cativantes, como a Alma 22 (Tina Fey) e Terry, o Contador de Almas (Rachel House). Joe, então, precisa tentar desfazer esse engano com a ajuda de seus novos amigos, para tentar voltar à Terra e realizar seu sonho.
A animação Pixar Soul, como se nota, é um longa metragem pesado que fala sobre o significado e a finitude da vida. A forma como ele é feito, no entanto, é que dá essa leveza típica dos filmes da Pixar. Olhando de forma superficial, o filme nem parece ser tão denso. Crianças vão amar os personagens fofos e engraçados; adultos vão chorar ao refletir sobre as questões propostas pelo roteiro.
Tudo isso é tão bem amarrado na produção que a animação Soul pode ser considerado um dos melhores trabalhos da Disney Pixar em muitos anos, superior até mesmo ao ovacionado “Viva – A Vida é uma Festa”, com quem guarda semelhanças temáticas.
O design de produção também é encantador, apresentando um mundo novo com muita criatividade. A dublagem, tanto original quanto a brasileira, é muito bem realizada e exala o carisma necessário aos personagens. Tudo no filme funciona muito bem, e até mesmo sua duração é a mais adequada possível: nem tão longo, nem tão curto.
O longa metragem Pixar Soul funciona como um relógio, mas ao invés de se mostrar frio e calculado, oferece um calor emocional e uma divertida história sobre os pequenos prazeres da vida.
Com isso, Soul pode se encaixar entre os clássicos da Disney Pixar, e com isso também ganha enorme destaque na filmografia de 2020, tão abalada pela pandemia.
Além da disputa como Animação, certamente será lembrado em outras categorias nas premiações que virão. E com justiça: o longa-metragem faz qualquer pessoa, até mesmo quem “não tem coração”, terminar a projeção com os olhos molhados. E não é por cisco no olho.
Lançamento na Disney+: 25 de dezembro de 2020;
Direção e roteiro: Pete Docter, Kemp Powers, Mike Jones;
Sinopse: Um músico que perdeu sua paixão pela música é transportado para fora de seu corpo e deve encontrar o caminho de volta com a ajuda de uma alma infantil aprendendo sobre si mesma.
Duração: 1h40;
País de Origem: EUA;
Gênero: Animação, Fantasia, Drama.
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