Sem dúvidas, a segunda temporada da série Netflix de ficção científica Star Trek: Discovery tem sido bastante aguardada pelos chamados “trekkers”, ou seja, os fãs ardorosos de Jornada nas Estrelas. E com razão: desde que JJ Abrams ressuscitou a franquia nos cinemas, havia a esperança de uma série se tornar realidade. Através de Bryan Fuller e Alex Kurtzman isso se tornou realidade, e o primeiro lote de episódios fez um grande sucesso (assista aqui).
Agora, havia o problema de manter a qualidade. Infelizmente, isso não foi atingido totalmente dessa vez.
Na segunda temporada, temos uma história complexa, muitas vezes confusa, de como o capitão Pike chegou até a USS Enterprise. São várias histórias que se entrelaçam e acabam se tornando uma grande confusão. Há momentos brilhantes, sim, e quem é fã dedicado vai adorar. Mas é só isso. A série Netflix Star Trek: Discovery joga para a platéia fanática, sem a capacidade de encantar aqueles que até começaram, mas não veem motivos para continuar assistindo.
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A segunda temporada de Star Trek: Discovery começa já concentrada no Capitão Pike, que se mostra um sujeito envolvente e com um sorriso aberto encantador. Ele tem um charme notável, que esconde suas ironias muito bem. Aos poucos, porém, vamos nos apegando ao personagem, e até achando graça de suas falas sarcásticas.
O lado positivo de Star Trek: Discovery é seu design. Não há como negar que é muito bonito, visualmente. Na segunda temporada, isso é mantido, aliado a uma direção esperta, mas que às vezes exagera nas cenas angulosas (torcendo a câmera para o lado, para tentar dar uma sensação de urgência). O roteiro continua esquemático, como foi na primeira temporada, mas isso também não chega a ser um grande problema – ao menos nesse sentido, pois o roteiro tem problemas, como falaremos a seguir. A história vai se desenrolando passo a passo, enquanto a tripulação passa por alguma aventura em algum canto do Universo.
Mas isso não acontece. Somos jogados em uma história monótona, às vezes chata mesmo, e que não traz nenhum tipo de novidade para reacender o interesse. O que é visto na segunda temporada é uma versão modificada da primeira. E assim por diante, o que causa tédio em quem assiste. Mesmo os “trekkies” terão o que falar sobre isso.
Em resumo, a segunda temporada de Star Trek: Discovery é uma espécie de cópia da primeira, com algumas adições no elenco. Isso normalmente não é bom. A despeito de uma técnica excelente (direção de arte, fotografia, elenco), a história gira em falso e não entrega nada que seja digno de nota. Para um trabalho de ficção científica, isso é um problema.
Entretanto, ainda há tempo de recuperar. Na terceira temporada, que fatalmente virá, há chances de haver melhoras no rumo. Mas é preciso acordar: a julgar pelos episódios da segunda temporada, o risco de ficar a ver navios aumentou consideravelmente.
Também recomendamos que conheça as séries Osmosis, Love, Death and Robots, Perdidos no Espaço, Final Space, Titãs, e os filmes (também de ficção científica) Aniquilação, IO: O Último na Terra, Durante a Tormenta e Extinção.
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Sinopse: Após um século de isolamento, a Federação e o Império Klingon entram em guerra, e as ações de uma oficial da Frota Estelar estão no centro do conflito.
Duração dos episódios: aproximadamente 45 minutos;
Classificação etária: 14 anos;