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YG e a Estratégia do Futuro é uma minissérie que entra agora para o catálogo da Netflix e traz algo muito incomum: um “mockumentário” coreano.

Se você não sabe o que é mockumentário, explicamos: é um gênero cinematográfico que inventa documentários, e os filma como se fossem reais. Um grande exemplo disso é a série “The Office”, que acompanha os bastidores de uma empresa que tem um chefe completamente alucinado. Parece um documentário, mas não é.

Inclusive, “The Office” parece ser a grande inspiração de YG e a Estratégia do Futuro, já que tratam do mesmo assunto: um líder que se acha carismático e visionário, mas que na verdade é uma besta quadrada odiada por todos os seus subordinados, que apenas fingem gostar dele. E copiar esse modelo não está errado, desde que feito direito.

Digamos que esse trabalho coreano fica no meio termo.

Um veículo para um astro

A série é protagonizada por Seungri, o membro mais novo do grupo de K-pop BIGBANG. Ele é quem faz o papel do líder do escritório de estratégias do futuro da YG Entertainment – que é, na vida real, uma das maiores agenciadoras de talentos da Coréia do Sul. E é surpreendente que Seungri tenha um talento para a comédia: seu jeito meio tapado, alheio a tudo o que está acontecendo e sem desconfiar que suas atitudes são ridicularizadas pela sua equipe o deixa engraçado.

Claro que, por não ter tanta experiência com atuação, em alguns momentos dá para perceber que ele se esforça para não fazer feio. Em cenas mais complicadas, como extensas conversas no escritório, nota-se que ele ainda está começando. Mas é possível concluir que, com mais alguns trabalhos, Seungri conseguirá experiência para se dar muito bem nessa tarefa. Seu timing de comédia é bom, e ele não perde a oportunidade de brilhar.

Por outro lado, fica visível que a intenção dessa série é dar um veículo para o astro da banda k-pop BIGBANG exibir todo o seu carisma. Isso porque, apesar de seu evidenciado talento cômico como ator principal, YG e a Estratégia do Futuro foi pensada e criada pela agência de Seungri para servir aos seus propósitos, ou seja, canalizar a sua popularidade em um produto.

Essa série é redonda, com boas sacadas, mas o background de sua produção permite ver que ela foi desenvolvida especialmente para o astro principal ganhar ainda mais fãs.

Problemas com o xerox

Talvez o que incomode em YG e a Estratégia do Futuro seja a escolha em imitar fielmente o que vem de “The Office”. A série inglesa (e posteriormente americana) possui os mesmos arquétipos vistos nessa produção coreana, e até os tiques dos personagens, como a forma como olham para a câmera quando alguém faz alguma bobagem, são clara referência ao original.

Mas tudo bem. Mesmo que existam problemas com o xerox, é possível se divertir com YG e a Estratégia do Futuro se você acompanhar o descompromisso com a história (e se você já era fã de BIGBANG).

Ela é non-sense demais para ser descrita: é preciso assistir para entender. Por mais que a produção seja pretensiosa em servir como veículo para um único artista, seus coadjuvantes não deixam por menos. Eles capricham, e há momentos muito engraçados, em especial quando toda a equipe se reúne.

Enfim, YG e a Estratégia do Futuro vale o tempo gasto para assistir se você estiver procurando alguma coisa engraçada para passar o tempo. Ou seja, é algo descompromissado, que dá uma aliviada na rotina.

Outro mockumentário que você pode gostar é Vândalo Americano e Derek.

Trailer e informações de YG e a Estratégia do Futuro Netflix: Seungri de BIGBANG

Sinopse 1: Finalmente! Uma chance de provar que ele não é o membro menos importante do BIGBANG como (quase) todo mundo pensa.

Sinopse 2: O astro do k-pop Seungri, o mais jovem integrande do BIGBANG, lidera a desastrada equipe do Departamento de Planejamento Estratégico da YG nesta série pseudodocumental.

Ano de lançamento: 2018;

Gênero: Falso documentário, Humor;