Zona de Separação é uma série criada pelo mesmo estúdio espanhol responsável por sucessos na Netflix, como La Casa de Papel, Toy Boy e Vis a Vis. Com todas essas credenciais, esta produção em 13 episódios não teria como ser ruim – e, de fato, não é (assista aqui).
Como muitas séries atuais, o original Netflix Zona de Separação tenta imaginar um futuro distópico, em que a humanidade se encontra em um nível completamente diferente ao que vemos nos dias de hoje. A ideia é mostrar o quanto nós, enquanto sociedade, podemos nos transformar negativamente se não tomarmos cuidado com políticos tiranos, que vestem a máscara da democracia apenas para, depois, mostrar seus verdadeiros valores.
Indice
Zona de Separação se passa na Espanha, no ainda distante ano de 2045. Com a falta de recursos naturais para todo o planeta, várias das maiores democracias do mundo se tornaram ditaduras ferrenhas, comandadas por governos com mão de ferro. A Espanha foi um dos lugares do planeta que sucumbiu a esse tipo de política, tratando seus cidadãos com a maior opressão possível.
A capital foi dividida em duas áreas: setor 1, onde estão os membros do governo e a classe média alta do país, e o setor 2, onde todo o resto da população tenta sobreviver.
A trama que acompanhamos segue a pequena Marta (Laura Quirós), que está nas mãos do governo capitaneado por um grupo de déspotas. Para tentar recuperá-la, a família da menina – formada por Julia (Olivia Molina), Hugo (Unax Ugalde) e Emilia (Ángela Molina), precisa se arriscar na passagem entre os setores. No entanto, a história é muito mais complexa do que isso, e envolve traições, a guarda de segredos importantes e uma intensa luta pela sobrevivência.
A Netflix tem disponibilizado os episódios da série espanhola Zona de Separação semanalmente, totalizando 13 partes no total. Cada uma delas possui 50 minutos, portanto é um pouco complicado de maratonar (mas não impossível, vai depender do tempo que cada pessoa tem disponível).
Tecnicamente, a trama lembra um pouco a de “O Expresso do Amanhã”, lançada meses atrás como o carro-chefe das ficções distópicas na Netflix, mas que acabou não sendo o sucesso esperado.
Em Zona de Separação Netflix, a história é melhor desenvolvida, principalmente no que diz respeito aos seus personagens principais. O enredo da família, que acompanhamos em sua saga pela busca da menina Marta e também pela sobrevivência em um mundo cruel e autoritário, é bem melhor delineada do que na produção norte-americana. Essa é uma vantagem imprescindível em uma série tão longa.
Em alguns episódios o espectador pode se cansar um pouco, devido ao peso do tema e da forma com que ele é retratado na tela. É uma história densa e que exige atenção e interesse para continuar, do contrário será fácil abandonar. Mas aqueles que persistirem em Zona de Separação não vão se arrepender, já que também traz atuações que beiram o brilhantismo de todo o elenco principal.
Olivia Molina e Ángela Molina, que interpretam Julia e Emília em Zona de Separação, são mãe e filha na vida real. Isso, com certeza, traz mais realidade para a interação entre as duas, o que também ajuda a série a se tornar mais palatável ao público. As duas entregam trabalhos exemplares, passando ao espectador a dor e a dureza de um mundo complicado, mas para o qual ainda conseguem enxergar alguma esperança.
Por fim, a série Netflix Zona de Separação é uma ótima ficção científica para aqueles que curtem o gênero, ainda mais para quem gosta de histórias pesadas em um futuro distópico – mas que está cada vez mais, assustadoramente, perto de nos alcançar.
Histórias distópicas sempre mexem conosco de alguma maneira. Por isso, recomendamos que também conheça os seguintes livros:
Título Original: La valla;
Lançamento Netflix: 22 de Novembro de 2020;
Sinopse Netflix: Em uma Madri distópica, a luta de uma família por sobrevivência ilustra o abismo social entre duas realidades separadas por um muro.
Duração dos episódios: aproximadamente 50 minutos;
País de Origem: Espanha;
Classificação etária: 16 anos;
Gênero: Drama, Ficção científica, Suspense.
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Zona de separação: Direção Ruin, dramático ao extremo e cenas mal dirigidas e inocentemente realizadas. Mais parece novela de TV, e das antigas!
Fora isso, o enredo, a trama a história são bons e merecia melhor tratamento. As cenas que demanda um fundo musical ou de efeito dramático são de péssima qualidade, muito artificial e exagerado nos tons musicais dramáticos. Difícil maratonar, pois os capítulos são longos e cansativos pela exploração das imagens com única finalidade de dramatizar as cenas. É isso.