É possível que muitos tenham conhecido Zootopia Disney na época de seu lançamento por causa do icônico trailer de Flecha, o bicho preguiça que deu nos nervos de muita gente (ao mesmo tempo que nos fez rir).
Depois de assistir a esse longa (a 55º animação Disney) ficamos com aquela sensação agradável que praticamente todas as produções da Walt Disney Picture causam. Afinal, um dos maiores lemas do famoso animador era: “Se você pode sonhar, você pode fazer” (assista na netflix).
Indice
Um rápido diálogo logo no início chama a atenção quando os pais dela dizem que “coelhos nunca foram policiais antes” (como forma de desencorajá-la dessa ideia “maluca”). Inicialmente Judy faz uma cara triste e pensamos que ela vai concordar e desistir, mas logo vem a resposta despreocupada: “então terei que ser a primeira”.
E é assim que conhecemos o ímpeto de uma garota em uma sociedade onde a consideram fraca e incapaz de cumprir o serviço pesado. Apesar de todas as dúvidas que recaíam sobre Judy, ela foi a melhor colocada nos testes para a polícia (após muitas falhas e treino duro).
Esta animação tem êxito ao falar sobre as diferenças de cada um na sociedade. É verdade que em Zootopia todos são animais, mas podemos fazer facilmente uma associação com a realidade (esta é a intenção da Disney). A separação entre “presa e predador” é mostrada desde o início, e é esta temática que vai levar a história toda.
Enfim, para cada grupo, há um rótulo já definido. Esses rótulos comumente nos fazem ter um pré-julgamento sobre determinada pessoa, e acabamos por definir um desconhecido apenas nos baseando no que está implícito através daquele rótulo (e é desta falta de reflexão, desta nossa ignorância sobre algo ou alguém, é que surge o preconceito).
Zootopia Disney tem o belo intento de mostrar que não importa se você é uma raposa, uma coelha, um tigre, ou o que quer que seja: isso não define o que você pode (ou não pode) fazer. A própria Judy Hopps desafia esse rótulo (de que coelhos não são capazes de se tornar policiais) e consegue passar com louvor nas provas. É claro que, ao entrar no departamento de polícia de Zootopia é novamente discriminada por seu tamanho diminuto e fofura, e por causa disso acaba recebendo o cargo mais simples dali: guarda de trânsito (não que essa função seja desmerecida, mas estava bem longe do que ela queria).
Já pensou se na infância Judy tivesse aceitado o julgamento de seus pais e desistido de ser policial em Zootopia apenas porque “nunca nenhum coelho foi policial antes”? Acontece que ela não se intimidou pelo rótulo que colocaram em sua espécie. Ela não achou que o fato de nunca um coelho ter sido policial a impediria de seguir seu sonho. Pelo contrário: ela soube que teria que ser a primeira, para abrir caminho.
Por fim, vemos uma iniciativa da vice-prefeita sobre a inclusão social de presas (os considerados fracos) em programas que antes eram voltados apenas para os predadores. Isso que é mostrado em Zootopia Disney também tem um eco nos diversos programas de inclusão que eventualmente surge num lugar ou outro.
A Disney está de parabéns com a animação Zootopia, pois incute nas crianças (e adultos!) bons valores sobre respeito de diferenças em sociedade, e uma consciência para que creiam em si mesmos, independente do que outros digam. Seguir seus sonhos, mesmo que algumas vezes tropece e caia. Continuar em frente e levantar, aprendendo com os erros.
E, por falar em seguir em frente apesar das quedas, é exatamente sobre isso que fala a música tema da animação Disney Zootopia. Try Everything, de Shakira, é sobre tentar de tudo mesmo que falhe.
E não desistir.
Você também assistiu Zootopia, da Disney? Deixe abaixo seus comentários sobre suas partes favoritas e sobre os ensinamentos que tirou dessa bela animação!
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Entenda qual é o elemento mágico que faz você mergulhar até nas histórias mais improváveis: a Suspensão de Descrença!
Sinopse Netflix: Quando uma lontra desaparece misteriosamente da cidade de Zootopia, uma coelha policial se junta a uma raposa tagarela para resolver o caso.
Duração: 108min;
Classificação etária: Livre;
Ano de lançamento: 2016;